segunda-feira, 15 de setembro de 2014

PONTO DE CONTATO PREMATURO


Ponto de contato prematuro é quando um dente toca no outro antes dos demais.  

A sobrecarga funcional sobre ele é maior. A má posição de um ou mais dentes pode prejudicar a perfeita relação dos dentes superiores com os inferiores (oclusão). Se a relação entre eles não for perfeita haverá carga excessiva em algum ponto da boca. Se esta carga não estiver equilibrada igualmente e um dos dentes receber mais força, ele pode começar a apresentar mobilidade. Isto desencadeia uma cadeia de estímulos que pode levar a problemas na ATM
( Articulação Têmporo Mandibular). 


Este problema pode ser evitado fazendo-se ajustes para distribuir as forças mastigatórias entre todos os dentes.  



Quando este dente necessita de uma restauração, o paciente pode se queixar que a restauração ficou alta, por isto, o planejamento prévio com desgastes oclusais é fundamental para reestabelecer o perfeito contato entre os dentes.







segunda-feira, 4 de agosto de 2014

RESTAURAÇÕES OBSOLETAS

Restaurações em amálgama são ligas compostas de vários metais e 50% mercúrio. A toxidade do
mercúrio é bem estudada, mas quando se trata de restaurações de amálgama não há uma grande quantidade de dados. Muitos dentistas preferem o amálgama porque ele é mais barato e durável.

Os profissionais da odontologia também argumentam que as restaurações de amálgama duram mais do que as de resinas compostas, e são mais fáceis de aplicar no dente. A Associação Dental Americana concorda com o FDA que restaurações de amálgama são seguras, no entanto, alguns especialistas afirmam que o mercúrio penetra no corpo e danifica células humanas, especialmente no cérebro, ossos e rins. Qual e quanto dano causa ainda é desconhecido.

O termo intoxicação por amálgama é mais relevante do que o termo intoxicação por mercúrio, pois o amálgama não contém somente mercúrio, mas também cobre, estanho, prata e às vezes zinco.

De longe o mercúrio é o componente mais tóxico do amálgama, porém os outros componentes podem contribuir para a intoxicação. O cobre é significativamente tóxico e o estanho pode provocar reações no sistema imunológico. O estanho é transformado em compostos de estanho muito tóxicos ao meio ambiente. O mesmo processo pode ocorrer no corpo humano. A prata é extremamente tóxica para as bactérias. As suas bactérias intestinais estão expostas diariamente a uma grande quantidade tanto de prata como de mercúrio, o que demonstrou induzir a resistência bacteriana tanto aos metais como aos antibióticos.

O mercúrio do amálgama penetra no organismo através da inalação do vapor, ao engolir fragmentos desgastados de amálgama, através da absorção do vapor e do metal dissolvido pela mucosa bucal e da migração direta através do dente para os tecidos. O mercúrio, especialmente na forma de vapor, é distribuído por todas as partes do seu organismo, afetando funções celulares importantes como, por exemplo: o metabolismo celular, o equilíbrio salino entre as paredes internas e externas das células, assim como muitas funções importantes das enzimas.



(Por Tania Leimig)

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

ESCOVAS ELÉTRICAS PARA PACIENTES ESPECIAIS

Pacientes com doenças como: Parkinson, atrofias de dedos, paralisias, espondilite anquilosante ou que apresentam comprometimento no sistema motor são os que apresentam maiores limitações na hora da escovação.

Para eles indicamos o uso de escovas elétricas, já que a escovação manual fica sempre comprometida.

Algumas características devem ser observadas por seus responsáveis na hora de se comprar a escova elétrica:


Peso ideal

As escovas não devem ser pesadas, porque os pacientes especiais podem ter dificuldade para usar, pois a maioria deles tem pouca ou nenhuma força na mão ou no braço.


Cabeça pequena e cerdas macias

São características básicas das boas escovas manuais e que também devem estar presentes nas escovas elétricas.

Movimentos oscilatórios
 
Escovas que apresentam apenas movimentos vibratórios não removem completamente a placa, elas devem ter também movimentos oscilatórios. Observe sempre esta informação na embalagem.

Cabos mais grossos

 
Cabos mais grossos são melhores para quem não consegue fechar completamente a mão. O cabo também pode ser adaptado com massa de modelar a cada escovação, para engrossá-los mais e facilitar o movimento de pega.

 Tempo de carga

 
A carga deve durar de 4 a 6 minutos para garantir um bom tempo de escovação.


quarta-feira, 21 de maio de 2014

SOLUÇÕES IRRIGADORAS NO TRATAMENTO DE CANAIS RADICULARES


Considerando a necessidade de se empregar uma substância química irrigadora durante o preparo do canal radicular que aglutine o maior número de propriedades desejáveis, o efeito antimicrobiano das soluções irrigadoras, há muito tempo, tem sido pesquisado. Várias soluções foram sugeridas para o emprego em endodontia, porém, muitas delas não apresentaram efeito antimicrobiano desejado. 

Quem já não sentiu aquele cheirinho de água sanitária quando estava fazendo um tratamento de canal? 

Fique tranquilo, pois se trata do nosso amigo, o Hipoclorito de Sódio. Na prática odontológica o Hipoclorito de Sódio é a solução irrigadora  mais comum e mais utilizada por toda a comunidade científica.

Sabemos que os microrganismos desempenham um importante papel na etiologia e manutenção das infecções endodônticas. Esta população microbiana deverá ser eliminada durante o preparo biomecânico por meio da ação mecânica dos instrumentos endodônticos, das propriedades físico-químicas e antimicrobianas das soluções irrigadoras auxiliares e pela ação da medicação intracanal.

O hipoclorito de sódio (NaOCl) continua sendo a solução irrigadora de eleição na Endodontia, devido à sua atividade antimicrobiana, capacidade solvente da matéria orgânica e baixa citotoxicidade. 



Diferentes substâncias químicas auxiliares do preparo do canal radicular têm sido propostas, 
entre as mais empregadas em endodontia estão: compostos halogenados (hipoclorito de sódio), tensoativos (aniônicos, catiônicos, neutros), quelantes (ácido etileno diaminotetracético), peróxidos, associações (hidróxido de cálcio e água destilada, hidróxido de cálcio e detergente), clorexidina e outros (PÉCORA et al., 1999). 

O hipoclorito de sódio (NaOCl) foi indicado pela primeira vez como uma solução antisséptica por DAKIN para lavar as feridas de soldados da I Guerra Mundial. 
Entretanto, acredita-se que Berthollet (1788) foi quem utilizou inicialmente o hipoclorito de sódio como solução desinfetante.
BARRETT (1917) difundiu o uso da 
solução de Dakin para irrigação de canais radiculares e relatou a eficiência dessa solução como antiséptico. COOLIDGE (1919, 1929) também empregou o hipoclorito de sódio para melhorar o processo de limpeza e de desinfecção do canal radicular. 
 WALKER (1936) indicou a utilização do hipoclorito de sódio a 5% (soda clorada) para o preparo de canais radiculares de dentes com polpas necrosadas, uma vez que auxilia na 
descontaminação dos instrumentos, manipulação dos canais radiculares e proteção do paciente e do operador, devido aos microrganismos que um canal radicular pode abrigar. 
 GROSSMANN & MEIMAN (1941), analisando in vitro a capacidade solvente do hipoclorito de sódio a 5% (soda clorada) sobre polpas dentárias recentemente extraídas, 
concluíram que sua efetiva dissolução em alguns casos ocorria em período inferior a 1 hora. 
GROSSMAN (1943) propõe o emprego de uma técnica de irrigação de canal radicular alternando o hipoclorito de sódio a 5% com o peróxido de hidrogênio 3%, uma vez que a 
reação entre as duas substâncias promoveria efervescência com liberação de oxigênio nascente, favorecendo a eliminação de microrganismos e resíduos do canal radicular.

Conclusão:

O Hipoclorito de Sódio ainda é a solução irrigadora mais eficaz e mais usada em endodontia no mundo todo, devido a sua excelente atividade antimicrobiana e baixa toxicidade.



TEM AVENTAL DE CHUMBO, DOUTOR?

Face a grande colaboração que a descoberta do raio-x trouxe à
humanidade, possibilitando o diagnóstico por imagem, este exame passou a ser praticamente obrigatório como exame complementar na área de saúde.

Cabe aos profissionais que trabalham com radiodiagnóstico esclarecer ao paciente que, trabalhando a um nível muito baixo de radiação, praticamente não haverá danos biológicos durante estes exames.
A radiação está presente em nossas vidas durante todo tempo uma vez que estamos sempre expostos às fontes naturais. Como não é possível ficar imune às radiações naturais, então devemos procurar ficar expostos o mínimo possível às radiações artificiais, entre elas os raios-x, tomando uma série de cuidados, chamados de "radioproteção" (GIBILISCO, 1986; GOAZ; WHITE, 1995 ).

Há dois efeitos causados pelas radiações: os efeitos determinísticos e os estocásticos. Os efeitos determinísticos resultam na morte celular, quando a dose da radiação é grande o suficiente para causar lesões nos tecidos. Neste caso há uma dose limite extrema para que haja as lesões, ou seja, um grande número de tomadas radiográficas. Efeitos estocásticos independem da dose da radiação e são cumulativos, com o tempo estas células podem gerar câncer e doenças hereditárias.  É necessário um grande número de tomadas radiográficas no consultório para que haja um efeito estocástico ou determinístico. 


Fique tranquilo, porque não são duas ou três radiografias que trarão efeitos deletérios para a sua saúde. A sua exposição a outras fontes de energia, como o sol e os aparelhos celulares, traz muito mais malefícios do que uma tomada radiográfica no consultório odontológico. Além do que os pacientes podem contar  nos consultórios com a proteção radiológica do avental de chumbo para gônadas e tireoide, assim como, com a fiscalização de órgãos governamentais como o DEN ( Departamento de Energia Nuclear), que vistoriam os ambientes que possuem aparelhos de RX.






segunda-feira, 21 de abril de 2014

COMO ANDA SUA ESCOVA DENTAL?


Escovas dentais podem servir de acúmulo de biofilme
bacteriano e de microorganismos patogênicos.
Em pesquisa que realizamos junto com a Professora Doutora Maria Amélia Maciel da UFPE, recolhemos escovas dentais de mais de cem alunos de uma escola pública da nossa cidade. As escovas foram recolhidas e acondicionadas em sacos lacrados e transportadas para o departamento de Medicina Tropical da UFPE. Colocamos as escovas em meio de cultura apropriado ao crescimento dos microorganismos, depois semeamos o material em Placa de Petri.
Após alguns dias colhemos o material e observamos no microscópio um grande número de bactérias comuns à microbiota oral, ou seja, bactérias que por mais que escovemos a boca, elas permanecem lá, pois a cavidade oral é o seu habitat natural. Mas observamos também e em grande número a presença fungos não existentes na microbiota oral,  assim como, um grande número de bactérias patogênicas. Concluímos que as escovas dentais servem de meio de contaminação da cavidade oral e do corpo como um todo, devendo ter sua troca realizada periodicamente.



(Por Tania Leimig)


quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

SENSIBILIDADE NOS DENTES

A sensibilidade nos dentes afeta grande número de pacientes e geralmente é desencadeada pelo consumo de bebidas e alimentos quentes, frios, ácidos ou doces. Isso acontece pela redução da proteção de esmalte sobre a camada interna do dente chamada de dentina.
A dentina tem grande quantidade de túbulos microscópicos que vão da face externa do dente até a polpa. Quando a dentina está desprotegida, esses túbulos são estimulados por mudanças de temperatura e determinados alimentos, causando a sensação da sensibilidade.
As causas mais comuns da sensibilidade estão no desgaste natural dos dentes, que ocorre com o passar dos anos, consumo exagerado de bebidas ácidas, bruxismo, clareamento dentário feito de maneira incorreta e sem supervisão do dentista e exposição causada por problemas periodontais, como inflamações na gengiva, que causam a retração gengival.
Para prevenir o desgaste do esmalte e a consequente sensibilidade, o ideal é manter uma escovação correta, pouco abrasiva, com o uso de escovas de cerdas macias e diminuir o consumo de alimentos ácidos.
Há no mercado um grande número de produtos destinados a dentes sensíveis e que trazem agentes capazes de vedar os túbulos dentinários, diminuindo o incômodo da sensibilidade.
As substâncias dessensibilizantes mais comuns são o cloreto de estrôncio, o nitrato de potássio e o fluoreto estanoso. Todas agem da mesma maneira e podem ser encontradas em diferentes sabores e marcas de pasta de dentes.

domingo, 9 de fevereiro de 2014

ABSCESSOS


Um abscesso dental inicia-se quando as bactérias invadem o dente através da cárie dentária.


As bactérias podem causar uma infecção em torno do dente e esta infecção pode difundir-se para outras partes da boca, rosto ou pescoço.

O abscesso pode apresentar três fases:  inicial, em evolução e evoluído. Em todas as fases há a presença de bactérias e toxinas.
É necessário o tratamento endodôntico(canal) para eliminação do fator etiológico. 


A propagação da infecção através da corrente sanguínea pode levar a infecções das válvulas cardíacas promovendo a endocardite bacteriana. Portanto, um abscesso dentário deve ser imediatamente tratado pelo dentista.


 Abscessos dentários são tipicamente tratados através da abertura da infecção para a drenagem do conteúdo séptico,  a limpeza e irrigação do canal radicular, uso de medicação intracanal e administração de antibióticos.