segunda-feira, 15 de setembro de 2014

PONTO DE CONTATO PREMATURO


Ponto de contato prematuro é quando um dente toca no outro antes dos demais.  

A sobrecarga funcional sobre ele é maior. A má posição de um ou mais dentes pode prejudicar a perfeita relação dos dentes superiores com os inferiores (oclusão). Se a relação entre eles não for perfeita haverá carga excessiva em algum ponto da boca. Se esta carga não estiver equilibrada igualmente e um dos dentes receber mais força, ele pode começar a apresentar mobilidade. Isto desencadeia uma cadeia de estímulos que pode levar a problemas na ATM
( Articulação Têmporo Mandibular). 


Este problema pode ser evitado fazendo-se ajustes para distribuir as forças mastigatórias entre todos os dentes.  



Quando este dente necessita de uma restauração, o paciente pode se queixar que a restauração ficou alta, por isto, o planejamento prévio com desgastes oclusais é fundamental para reestabelecer o perfeito contato entre os dentes.







segunda-feira, 4 de agosto de 2014

RESTAURAÇÕES OBSOLETAS

Restaurações em amálgama são ligas compostas de vários metais e 50% mercúrio. A toxidade do
mercúrio é bem estudada, mas quando se trata de restaurações de amálgama não há uma grande quantidade de dados. Muitos dentistas preferem o amálgama porque ele é mais barato e durável.

Os profissionais da odontologia também argumentam que as restaurações de amálgama duram mais do que as de resinas compostas, e são mais fáceis de aplicar no dente. A Associação Dental Americana concorda com o FDA que restaurações de amálgama são seguras, no entanto, alguns especialistas afirmam que o mercúrio penetra no corpo e danifica células humanas, especialmente no cérebro, ossos e rins. Qual e quanto dano causa ainda é desconhecido.

O termo intoxicação por amálgama é mais relevante do que o termo intoxicação por mercúrio, pois o amálgama não contém somente mercúrio, mas também cobre, estanho, prata e às vezes zinco.

De longe o mercúrio é o componente mais tóxico do amálgama, porém os outros componentes podem contribuir para a intoxicação. O cobre é significativamente tóxico e o estanho pode provocar reações no sistema imunológico. O estanho é transformado em compostos de estanho muito tóxicos ao meio ambiente. O mesmo processo pode ocorrer no corpo humano. A prata é extremamente tóxica para as bactérias. As suas bactérias intestinais estão expostas diariamente a uma grande quantidade tanto de prata como de mercúrio, o que demonstrou induzir a resistência bacteriana tanto aos metais como aos antibióticos.

O mercúrio do amálgama penetra no organismo através da inalação do vapor, ao engolir fragmentos desgastados de amálgama, através da absorção do vapor e do metal dissolvido pela mucosa bucal e da migração direta através do dente para os tecidos. O mercúrio, especialmente na forma de vapor, é distribuído por todas as partes do seu organismo, afetando funções celulares importantes como, por exemplo: o metabolismo celular, o equilíbrio salino entre as paredes internas e externas das células, assim como muitas funções importantes das enzimas.



(Por Tania Leimig)

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

ESCOVAS ELÉTRICAS PARA PACIENTES ESPECIAIS

Pacientes com doenças como: Parkinson, atrofias de dedos, paralisias, espondilite anquilosante ou que apresentam comprometimento no sistema motor são os que apresentam maiores limitações na hora da escovação.

Para eles indicamos o uso de escovas elétricas, já que a escovação manual fica sempre comprometida.

Algumas características devem ser observadas por seus responsáveis na hora de se comprar a escova elétrica:


Peso ideal

As escovas não devem ser pesadas, porque os pacientes especiais podem ter dificuldade para usar, pois a maioria deles tem pouca ou nenhuma força na mão ou no braço.


Cabeça pequena e cerdas macias

São características básicas das boas escovas manuais e que também devem estar presentes nas escovas elétricas.

Movimentos oscilatórios
 
Escovas que apresentam apenas movimentos vibratórios não removem completamente a placa, elas devem ter também movimentos oscilatórios. Observe sempre esta informação na embalagem.

Cabos mais grossos

 
Cabos mais grossos são melhores para quem não consegue fechar completamente a mão. O cabo também pode ser adaptado com massa de modelar a cada escovação, para engrossá-los mais e facilitar o movimento de pega.

 Tempo de carga

 
A carga deve durar de 4 a 6 minutos para garantir um bom tempo de escovação.


quarta-feira, 21 de maio de 2014

SOLUÇÕES IRRIGADORAS NO TRATAMENTO DE CANAIS RADICULARES


Considerando a necessidade de se empregar uma substância química irrigadora durante o preparo do canal radicular que aglutine o maior número de propriedades desejáveis, o efeito antimicrobiano das soluções irrigadoras, há muito tempo, tem sido pesquisado. Várias soluções foram sugeridas para o emprego em endodontia, porém, muitas delas não apresentaram efeito antimicrobiano desejado. 

Quem já não sentiu aquele cheirinho de água sanitária quando estava fazendo um tratamento de canal? 

Fique tranquilo, pois se trata do nosso amigo, o Hipoclorito de Sódio. Na prática odontológica o Hipoclorito de Sódio é a solução irrigadora  mais comum e mais utilizada por toda a comunidade científica.

Sabemos que os microrganismos desempenham um importante papel na etiologia e manutenção das infecções endodônticas. Esta população microbiana deverá ser eliminada durante o preparo biomecânico por meio da ação mecânica dos instrumentos endodônticos, das propriedades físico-químicas e antimicrobianas das soluções irrigadoras auxiliares e pela ação da medicação intracanal.

O hipoclorito de sódio (NaOCl) continua sendo a solução irrigadora de eleição na Endodontia, devido à sua atividade antimicrobiana, capacidade solvente da matéria orgânica e baixa citotoxicidade. 



Diferentes substâncias químicas auxiliares do preparo do canal radicular têm sido propostas, 
entre as mais empregadas em endodontia estão: compostos halogenados (hipoclorito de sódio), tensoativos (aniônicos, catiônicos, neutros), quelantes (ácido etileno diaminotetracético), peróxidos, associações (hidróxido de cálcio e água destilada, hidróxido de cálcio e detergente), clorexidina e outros (PÉCORA et al., 1999). 

O hipoclorito de sódio (NaOCl) foi indicado pela primeira vez como uma solução antisséptica por DAKIN para lavar as feridas de soldados da I Guerra Mundial. 
Entretanto, acredita-se que Berthollet (1788) foi quem utilizou inicialmente o hipoclorito de sódio como solução desinfetante.
BARRETT (1917) difundiu o uso da 
solução de Dakin para irrigação de canais radiculares e relatou a eficiência dessa solução como antiséptico. COOLIDGE (1919, 1929) também empregou o hipoclorito de sódio para melhorar o processo de limpeza e de desinfecção do canal radicular. 
 WALKER (1936) indicou a utilização do hipoclorito de sódio a 5% (soda clorada) para o preparo de canais radiculares de dentes com polpas necrosadas, uma vez que auxilia na 
descontaminação dos instrumentos, manipulação dos canais radiculares e proteção do paciente e do operador, devido aos microrganismos que um canal radicular pode abrigar. 
 GROSSMANN & MEIMAN (1941), analisando in vitro a capacidade solvente do hipoclorito de sódio a 5% (soda clorada) sobre polpas dentárias recentemente extraídas, 
concluíram que sua efetiva dissolução em alguns casos ocorria em período inferior a 1 hora. 
GROSSMAN (1943) propõe o emprego de uma técnica de irrigação de canal radicular alternando o hipoclorito de sódio a 5% com o peróxido de hidrogênio 3%, uma vez que a 
reação entre as duas substâncias promoveria efervescência com liberação de oxigênio nascente, favorecendo a eliminação de microrganismos e resíduos do canal radicular.

Conclusão:

O Hipoclorito de Sódio ainda é a solução irrigadora mais eficaz e mais usada em endodontia no mundo todo, devido a sua excelente atividade antimicrobiana e baixa toxicidade.



TEM AVENTAL DE CHUMBO, DOUTOR?

Face a grande colaboração que a descoberta do raio-x trouxe à
humanidade, possibilitando o diagnóstico por imagem, este exame passou a ser praticamente obrigatório como exame complementar na área de saúde.

Cabe aos profissionais que trabalham com radiodiagnóstico esclarecer ao paciente que, trabalhando a um nível muito baixo de radiação, praticamente não haverá danos biológicos durante estes exames.
A radiação está presente em nossas vidas durante todo tempo uma vez que estamos sempre expostos às fontes naturais. Como não é possível ficar imune às radiações naturais, então devemos procurar ficar expostos o mínimo possível às radiações artificiais, entre elas os raios-x, tomando uma série de cuidados, chamados de "radioproteção" (GIBILISCO, 1986; GOAZ; WHITE, 1995 ).

Há dois efeitos causados pelas radiações: os efeitos determinísticos e os estocásticos. Os efeitos determinísticos resultam na morte celular, quando a dose da radiação é grande o suficiente para causar lesões nos tecidos. Neste caso há uma dose limite extrema para que haja as lesões, ou seja, um grande número de tomadas radiográficas. Efeitos estocásticos independem da dose da radiação e são cumulativos, com o tempo estas células podem gerar câncer e doenças hereditárias.  É necessário um grande número de tomadas radiográficas no consultório para que haja um efeito estocástico ou determinístico. 


Fique tranquilo, porque não são duas ou três radiografias que trarão efeitos deletérios para a sua saúde. A sua exposição a outras fontes de energia, como o sol e os aparelhos celulares, traz muito mais malefícios do que uma tomada radiográfica no consultório odontológico. Além do que os pacientes podem contar  nos consultórios com a proteção radiológica do avental de chumbo para gônadas e tireoide, assim como, com a fiscalização de órgãos governamentais como o DEN ( Departamento de Energia Nuclear), que vistoriam os ambientes que possuem aparelhos de RX.






segunda-feira, 21 de abril de 2014

COMO ANDA SUA ESCOVA DENTAL?


Escovas dentais podem servir de acúmulo de biofilme
bacteriano e de microorganismos patogênicos.
Em pesquisa que realizamos junto com a Professora Doutora Maria Amélia Maciel da UFPE, recolhemos escovas dentais de mais de cem alunos de uma escola pública da nossa cidade. As escovas foram recolhidas e acondicionadas em sacos lacrados e transportadas para o departamento de Medicina Tropical da UFPE. Colocamos as escovas em meio de cultura apropriado ao crescimento dos microorganismos, depois semeamos o material em Placa de Petri.
Após alguns dias colhemos o material e observamos no microscópio um grande número de bactérias comuns à microbiota oral, ou seja, bactérias que por mais que escovemos a boca, elas permanecem lá, pois a cavidade oral é o seu habitat natural. Mas observamos também e em grande número a presença fungos não existentes na microbiota oral,  assim como, um grande número de bactérias patogênicas. Concluímos que as escovas dentais servem de meio de contaminação da cavidade oral e do corpo como um todo, devendo ter sua troca realizada periodicamente.



(Por Tania Leimig)


quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

SENSIBILIDADE NOS DENTES

A sensibilidade nos dentes afeta grande número de pacientes e geralmente é desencadeada pelo consumo de bebidas e alimentos quentes, frios, ácidos ou doces. Isso acontece pela redução da proteção de esmalte sobre a camada interna do dente chamada de dentina.
A dentina tem grande quantidade de túbulos microscópicos que vão da face externa do dente até a polpa. Quando a dentina está desprotegida, esses túbulos são estimulados por mudanças de temperatura e determinados alimentos, causando a sensação da sensibilidade.
As causas mais comuns da sensibilidade estão no desgaste natural dos dentes, que ocorre com o passar dos anos, consumo exagerado de bebidas ácidas, bruxismo, clareamento dentário feito de maneira incorreta e sem supervisão do dentista e exposição causada por problemas periodontais, como inflamações na gengiva, que causam a retração gengival.
Para prevenir o desgaste do esmalte e a consequente sensibilidade, o ideal é manter uma escovação correta, pouco abrasiva, com o uso de escovas de cerdas macias e diminuir o consumo de alimentos ácidos.
Há no mercado um grande número de produtos destinados a dentes sensíveis e que trazem agentes capazes de vedar os túbulos dentinários, diminuindo o incômodo da sensibilidade.
As substâncias dessensibilizantes mais comuns são o cloreto de estrôncio, o nitrato de potássio e o fluoreto estanoso. Todas agem da mesma maneira e podem ser encontradas em diferentes sabores e marcas de pasta de dentes.

domingo, 9 de fevereiro de 2014

ABSCESSOS


Um abscesso dental inicia-se quando as bactérias invadem o dente através da cárie dentária.


As bactérias podem causar uma infecção em torno do dente e esta infecção pode difundir-se para outras partes da boca, rosto ou pescoço.

O abscesso pode apresentar três fases:  inicial, em evolução e evoluído. Em todas as fases há a presença de bactérias e toxinas.
É necessário o tratamento endodôntico(canal) para eliminação do fator etiológico. 


A propagação da infecção através da corrente sanguínea pode levar a infecções das válvulas cardíacas promovendo a endocardite bacteriana. Portanto, um abscesso dentário deve ser imediatamente tratado pelo dentista.


 Abscessos dentários são tipicamente tratados através da abertura da infecção para a drenagem do conteúdo séptico,  a limpeza e irrigação do canal radicular, uso de medicação intracanal e administração de antibióticos.


terça-feira, 24 de setembro de 2013

BRUXISMO- UM PROBLEMA BILATERAL

Estamos enfocando outra vez o problema do Bruxismo. O Bruxismo é algo desagradável para o paciente, pois as faces incisais dos dentes ficam desgastadas e com sensibilidade, dores na ATM, dores de cabeça e nos músculos da face, além de outros problemas decorrentes.

No consultório nos deparamos vez ou outra com este tipo de problema e o mais indicado para estes casos é uma placa miorrelaxante. A placa não vai curar o Bruxismo, que é de causa idiopática, embora existam fortes evidências que esteja ligado ao stress e a ansiedade. Pessoas tensas, nervosas têm apresentado maior incidência de Bruxismo.


O mais desagradável é quando a restauração é justamente sobre o dentes que rangem durante à noite.  Por mais perfeita que seja a restauração do dente, ela pode fraturar por conta do bruxismo e o paciente vai querer que o dentista refaça o trabalho. Antes de tudo é preciso conscientizar o paciente que ele precisa de uma placa miorrelaxante para ser utilizada enquanto ele dorme. O paciente precisa colaborar no sentido de se comprometer a dormir todas as noites com a placa.  


A placa vai fazer com que os dentes diminuam a sobrecarga de atrito uns sobre os outros e quanto mais rígida ela for melhor. Nada  de placas amolecidas, pois estimulam ainda mais o Bruxismo. 

terça-feira, 25 de junho de 2013

CÁRIE AGUDA E CÁRIE CRÔNICA

A cárie do tipo aguda, clinicamente, se apresenta com cor clara, variando de
amarelo a castanho claro com consistência macia, friável e como uma massa de aparência necrótica. Normalmente, mostra-se sensível aos doces, ao frio e aos ácidos, com um progresso rápido que normalmente expõe a polpa, pois, a dentina sob a camada superficial é descalcificada. Acredita-se que como o caráter destrutivo é mais evidente em cáries agudas, a sensibilidade dolorosa acompanha essa destruição. 

Na cárie aguda, tem-se uma progressão rápida e esta lesão deve receber atenção clínica imediata. O tecido infectado, mais amolecido, deve ser removido e a restauração realizada com o objetivo de impedir a progressão da lesão.



Já a cárie crônica possui uma superfície escura e de consistência endurecida.

O progresso da lesão é lento e intermitente, e a dentina sob a superfície é indolor, esclerótica e pigmentada. A sua cor escura decorre da presença de produtos bacterianos, de produtos da proteólise, bem como de produtos advindos do meio bucal, como dos alimentos. 

O que fazer? Restaurar ou não restaurar o dente com cárie do tipo crônica?

O tratamento da cárie crônica não requer necessariamente intervenção, exceto por razões estéticas( já que ela se apresenta escurecida) ou para reabilitar a função do elemento dentário. No entanto, as lesões devem estar sob constante observação, devido à possibilidade do estabelecimento de cáries secundárias nas bordas da restauração, diante da higienização não adequada por parte do paciente.






terça-feira, 18 de junho de 2013

CUIDADO COM AS GENGIVAS

Por que preciso escovar minha gengiva?
Foi esta pergunta que escutei recentemente.
E digo que você não vai escovar as gengivas, mas massageá-las. Todas as vezes que você escova seus dentes, também deve massagear as gengivas, com uma escova macia e movimentos circulares. Na frente do espelho, baixa o lábio inferior ou superior e começa do dente da frente até o último dente do hemiarco, faz a mesma coisa no hemiarco oposto. Começa por fora e retorna por dentro, de modo que fique tudo massageado.


Mas toda vez sangra! Isto é normal?


Não, não é normal. Gengiva normal não sangra. Ela tem coloração rosa pálido e não apresenta sangramento ao toque. Se sua gengiva sangra é porque ela está inflamada, se você não estiver grávida (no caso das mulheres, cuja alteração hormonal pode promover aumento da permeabilidade vascular e sangramentos), certamente, o sangramento se dá pelo acúmulo de placa bacteriana ao redor e por baixo da gengiva. O importante é remover esta placa ou biofilme bacteriano. Se você não conseguir a total remoção massageando as gengivas com a escova, você deve ir ao dentista para que isto seja feito com instrumentos necessários e/ou ultrassom. Caso a placa não seja removida, ela pode endurecer e formar o tártaro, uma camada dura que só o dentista consegue retirar. É importante cuidar o quanto antes da inflamação nas gengivas, porque se a placa bacteriana atingir o osso, os dentes começam a apresentar mobilidade e podem até cair.


Medidas simples e prevenção ajudam e muito.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

DOR DE DENTE



O dente doi por trauma ou por cárie.
E parece que o dente gosta mesmo de doer de madrugada, nos finais de semana e feriados. Quando a causa não é traumática, o dente começa a doer pela evolução da cárie.

 A cárie atinge a primeira camada do dente que é o esmalte. No esmalte tem-se apenas as porções finais das terminações nervosas, a dor não é intensa.
A pessoa pode ter nesta fase alguma ou nenhuma sensibilidade. Mas não se engane porque a cárie, na maioria das vezes, se apresenta em forma de pirâmide, ou seja, em cima do esmalte vemos apenas um pontinho escuro, mas por baixo ela pode estar muito maior. 

Quando a cárie evolui, ela atinge a dentina, a segunda camada do dente. Aí o dente já começa a doer, principalmente, durante as mastigações. Nesta fase o sinal vermelho já acende, porque se não houver tratamento adequado para a remoção do tecido cariado, a cárie atingirá a polpa dental e a dor se tornará insuportável. Quando a cárie atinge a polpa dental, que é a terceira camada do dente, instala-se um processo inflamatório da polpa dental em resposta ao processo infeccioso que é a cárie dental. 
Nesta fase só o tratamento de canal resolve.

SAÚDE ORAL DO SEU BEBÊ

Quando devo levar meu bebê ao dentista?
Como devo fazer a higiene oral do meu bebê?


Estas são perguntas frequentes que ouvimos no consultório.


A higiene oral do bebê pode se iniciar antes da erupção dos dentes. Com o auxílio de uma gaze ou mesmo da fralda embebida em água limpa. Passe a gaze ou a fralda nas gengivas superior e inferior e na língua no intuito de remover o resto de leite. Com o nascimento dos primeiros dentinhos de leite(por volta dos 6 meses), a fralda deve ser substituída por uma dedeira. Com o nascimento dos primeiros molares decíduos, por volta dos 18 meses, a higiene deverá ser realizada com uma escova dental infantil sem creme dental ou com um creme dental sem flúor. O creme dental com flúor só deverá ser utilizado a partir dos 2 ou 3 anos de idade, quando a criança souber cuspir completamente o seu excesso, para evitar que a criança desenvolva a fluorose.


Também deve-se atentar para o cuidado das mamadeiras noturnas açucaradas, porque o açúcar pode causar a cárie de mamadeira. Na cárie de mamadeira os dentinhos já erupcionam com cárie. Isto é muito doloroso.
Não é necessário colocar açúcar ou mel nas mamadeiras e/ou chupeta.
O ideal é que o bebê se alimente de leite materno exclusivamente até os 6 meses de idade, mas se não for possível, deve-se evitar as mamadeiras açucaradas. Lembrando sempre da limpeza oral para se evitar o acúmulo de restos de alimentos. 


terça-feira, 28 de maio de 2013




 

POR DENTRO DA CÁRIE


A cárie dentária é uma doença infecto contagiosa causada pelo acúmulo de placa bacteriana ao redor dos dentes. 
A placa bacteriana representa um biofilme caracterizado por restos de alimentos + bactérias.

A cárie dentária é transmitida após a erupção dos dentes quando a bactéria Streptococcus do grupo mutans encontra uma superfície propícia, dura e não descamativa para fixar-se. A cárie dentária pode afetar várias estruturas do dente, tais como: o esmalte, a dentina e o cemento, levando a processos infecciosos e inflamatórios da polpa dental.


Os dentes estão em constante processo de desmineralização (perda de minerais) e remineralização (agregação de minerais).

As bactérias presentes na boca liberam ácidos quando metabolizam os alimentos que ficam acumulados nos dentes e língua. Isso causa a desmineralização dos dentes.
Na maior parte do tempo, a escovação e a própria saliva garantem a remineralização dos dentes através da presença do flúor.

A cárie dental acontece quando a quantidade e frequência de alimentos ricos em sacarose são grandes e a escovação dental é insuficiente ou inadequada, ou seja, a cárie ocorre quando a desmineralização dos dentes causada pelos ácidos liberados por bactérias presentes na boca é maior do que a remineralização obtida pelos minerais da saliva e pela escovação dentária. 


Se você possuir o Streptococcus mutans em sua flora, mas não deixar restos de alimentos nas superfícies dentais, a placa bacteriana não se formará, consequentemente, você não terá cáries. 


Como forma de prevenção:


. Dê preferência aos alimentos menos cariogênicos.

. Faça as refeições em horário regulares e evite as beliscadas constantes durante o dia.
. Os alimentos mais cariogênicos não são proibidos, mas devem ser consumidos com moderação e sempre durante as refeições (doces, pães, bolos, biscoitos...).
. Escovar os dentes e passar fio dental após cada refeição (café da manha, almoço,  lanches e jantar).
. Utilizar creme dental fluoretado nas escovações.












domingo, 26 de maio de 2013

SORRISO ÁCIDO

Alguns alimentos e bebidas podem provocar erosão dental ou o chamado sorriso ácido. O consumo frequente de saladas com vinagre ou limão, assim como, o consumo de refrigerantes podem promover desgastes a nível do esmalte dentário.

Quando o esmalte dental entra em contato com os ácidos de alimentos, bebidas ou mesmo do estômago, amolece temporariamente e perde parte do seu conteúdo mineral.

A saliva tem a capacidade de tamponamento dos ácidos, restaurando o PH da boca, porém, isto ocorre de forma mais ou menos lenta, no entanto,  se o consumo dos alimentos ácidos forem constantes, os dentes não terão tempo de se recuperar.

Pessoas que apresentam problemas gástricos como refluxo ou vômitos frequentes também podem apresentar problemas de erosão dental. Os primeiros sinais da erosão dental são a sensibilidade ao frio, ao quente e aos doces.

É necessário a mudança de hábitos, o uso de pastas de dente pouco abrasivas e sessões de fluorterapia realizadas no consultório odontológico. Em casos que a erosão dental progrediu bastante é necessário a restauração do elemento dentário para devolver a sua forma e função.

sábado, 25 de maio de 2013

DOENÇAS PERIODONTAIS E PARTO PREMATURO

 


Cada vez mais a Literatura Científica enfoca a relação do parto prematuro e/ou do baixo peso ao nascer com a doença periodontal. Durante a gravidez, as alterações hormonais podem favorecer o aparecimento da gengivite, porque os hormônios influenciam na capacidade de defesa do organismo e também há maior vascularização local, onde os pequenos vasos da boca se tornam frágeis.

Ao fator fisiológico normal do período gestacional, acrescenta-se o fato da atenção da gestante estar voltada para outras áreas do corpo e com isto ela negligencia a higiene bucal, favorecendo o acúmulo de placa bacteriana sobre os dentes.

A placa bacteriana produz um fator irritatitvo sobre as gengivas fragilizadas exacerbando o quadro da doença periodontal. Para prevenir este quadro a gestante deve fazer visitas regulares ao dentista, além de manter uma correta higiene bucal, porque a placa bacteriana promove uma reação inflamatória intensa que acentua a alteração fisiológica causada pelos fatores hormonais. Além do aparecimento de cáries, a placa bacteriana promove o aparecimento da gengivite e periodontite( estágio mais avançado da gengivite, muitas vezes, com o comprometimento ósseo).

A doença periodontal representa um fator de risco para o parto prematuro e/ou o baixo peso ao nascer. As infecções bucais podem funcionar como uma fonte de infecção que estimula uma reação inflamatória. Esta reação inflamatória seria uma ameaça ao bebê. Quando a gengivite é causada por placa bacteriana, é necessária a intervenção profissional para a remoção do agente bacteriano.

Uma pesquisa muito interessante foi realizada pela UFPE sobre Doenças Periodontais e o Parto Prematuro. Para maiores informações acesse:



http://www.ufpe.br/posca/images/documentos/teses_e_cissertacoes/arq%20nico%20-%20pdf%20-%20dilma%20piscoya%20-%20ppgsca%20-%2019-04-10.pdf


A IMPORTÂNCIA DOS DENTES DECÍDUOS

Os dentes decíduos ou dentes de leite começam a erupcionar a partir dos 4 aos 6 meses de vida. Por volta dos 2 anos e meio espera-se que todos os dentes já tenham erupcionado. São 20 dentes decíduos no total.

Os dentes decíduos servem de guia e de orientação para a erupção e o alinhamento correto dos dentes permanentes. É comum ouvirmos mães de crianças afirmarem que "se o filho perder um dentinho de leite não tem problema, porque vai nascer outro mesmo". 

Esta mentalidade precisa mudar, porque os problemas de mal oclusão, apinhamento, mordida aberta, mordida cruzada são inúmeros entre os pacientes jovens, justamente por causa da perda precoce dos dentes de leite. Com a ausência do dente de leite, perde-se espaço para a erupção do dente permanente.

Os dentes de leite são importantes para a saúde da criança e devem permanecer em seu espaço natural até o tempo correto para a erupção dos dentes permanentes. Os dentes de leite necessitam de cuidados com a escovação para se evitar a formação da placa bacteriana, que é a principal causa da cárie e a da gengivite. Os pais devem sempre supervisionar a escovação dos filhos e levá-los periodicamente ao dentista para avaliações, aplicações de flúor e para aprenderem a técnica correta da escovação.

BRUXISMO


Você sabe o que é Bruxismo?

Algumas pessoas apertam e rangem os dentes enquanto estão dormindo. Durante o sono isto ocorre de forma involuntária promovendo um excesso de carga sobre os dentes e os músculos mastigatórios.

Há dois tipos de Bruxismo: Bruxismo do Sono e Bruxismo Diurno. O Bruxismo do Sono ocorre de forma involuntária com algumas pessoas enquanto dormem. Já o Bruxismo Diurno representa uma ação quase voluntária da pessoa que promove a movimentação da mandíbula de forma frequente, como se fosse um tique nervoso ou um hábito; não ocorre neste caso o ranger dos dentes, o indivíduo apenas impõe uma força, uma carga excessiva para apertar os dentes, promovendo lesões nas estruturas dentais.

Cada caso deve ser avaliado individualmente. Há tratamentos com placas miorrelaxantes moles(silicone) ou duras (acrílico), que visam proteger contra o desgaste dentário. Há também a possibilidade de aplicação de toxina botulínica no músculo, quando o paciente não responde ao tratamento convencional.